ANÁLISE: Príncipe Harry — O Que Sobra (parte 3)
Lá pelas tantas, entre as páginas 201 a 300, o livro fica um tanto maçante (para quem não gosta de filmes de guerra, por exemplo, é um terror), porém é tão bem escrito que te pega de jeito, impossível largar. Eu tomo café, almoço e janto lendo “O Que Sobra” (Spare).
(Incrível como o príncipe ainda não apareceu nos meus sonhos).
Entre guerras e a Realeza, a nobreza do espírito de Harry se sobressai: ele discorre sobre os relacionamentos afetivos, não só os amorosos, com seus “irmãos de guerra”. É belíssimo . Ele passa páginas contando que vivia perguntando “como posso ajudar”, em último caso, quando só podia ajudar a publicizar uma causa, ele mandava ver usando pulseiras, atraindo atenção para situação em Lesoto ou das mudanças climáticas. No mais, buscava dar continuidade aos trabalhos de caridade que Diana gostava de fazer. Ele herdou isso dela, o espírito altruísta e benevolente.
CURIOSIDADE: Príncipe Harry doará rendimentos do livro autobiográfico para a caridade.
Nestas 100 páginas, Harry se abre ainda mais sobre suas questões naturais. Ele gosta de simbologia, está atento aos sinais, é realmente ligado à natureza.
Contou sobre um elefante, enquanto estavam àderiva do rio Okvango, e como aquele episódio catártico mudou o jeito de ver sua influencia no mundo. Ele se sentiu visto pelo Universo, algo muito maior do que paparazzi, jornais, sua própria família e qualquer coisa.
Triste mesmo foi ler sobre a imprensa, que nunca permitiu que ele formasse um vinculo verdadeiro com uma mulher que até desejava se casar. Perseguiam as namoradas dele, elas não queriam perder a privacidade. Entendível.
Entre as páginas 201 a 300 que ele conta do casamento de William e Kate. Mais uma vez se via sozinho, já que o irmão passaria menos tempo com ele, e, antes disso, eles tomavam aulas de pilotagem juntos, moravam juntos, fora do Castelo, sem pai, madrasta ou avó. Libertador.
Em muitas das páginas ele não se sentia a sobra, apenas o irmão mais novo.
