ANÁLISE — OCEAN BLVD by Lana Del Rey

Mari Tegon ⚡️
2 min readMar 28, 2023

--

Está cada vez mais difícil não me sentir mais inteligente por ouvir Lana Del Rey.

Não importa o tema, Lana abre a nossa cabeça para experiências e a tendência é vislumbrar (e aceitar), que a carreira dela é composta como uma oração e um prelúdio do futuro, ainda que resgate nome Históricos.

Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd é o próprio hinário. Lana vai de “pregação da palavra de Deus” até “Angelina Jolie”, passando por técnicas de remendo japonês (Kintsugi — e sua filosofia). Fala de homens; namorados, pai, avô, drogas, a relação difícil com a mãe… e a gente vai junto, embalado no piano e no canto desta verdadeira sereia, cujo pai é tão ligado às águas que, não fosse ‘Nepo Daddy’ (haha) poderíamos concluir que é apenas um pescador, não fosse (também) o talento de Rob Grant para acalentar nosso coração, mente e alma diante das teclas de seu piano em alto mar que o define tanto quanto o nome de seu álbum de estreia “Lost At Sea”.

Entendemos cada vez mais sobre o misticismo que envolve Lana Del Rey e como parece que ela lê a nossa mente em momentos cada vez mais frequentes. E como Lana nos permite transitar entre o clássico e o novo, a oração e o desejo ardente, a poesia e a melancolia.

INCLUSIVE, Lanita exerce um papel interessante e importante no retrato da melancolia (a arte de estar feliz por estar triste) e nos faz entender cada vez mais que o ser humano é impermanente, é um conceito busdista que prega a necessidade de compreensão de que tudo é transitório, inconstante e tende a acabar (assim como a vida, o amor, o dinheiro, a fama e poder e a glória).

--

--