Precisamos falar o óbvio: Não pode fraudar a fila da vacina contra Covid

Mari Tegon ⚡️
3 min readMay 20, 2021

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Mari Tegon para Tecnoveste.

Vamos falar sobre o óbvio nesse país: o que você faz da sua vida me interessa, sim. Pois eu pago os meus impostos, assim como você. Faço questão de denunciar todos os que tentarem fraudar o sistema de vacinação. Quando eu souber da possibilidade de ação criminosa, vou interferir na sua vida, sim! Não vou permitir — conscientemente — fraudes; ninguém deveria permitir.

Qualquer pessoa, assim como eu, tem o direito não apenas moral, mas ético de cobrar ‘você’ e quem mais apareça na frente sobre o tema “furar fila da vacinação contra COVID-19”.

FOTO: REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa.

Nos últimos dias tem crescido o número de relatos de pessoas que se dizem sondadas por vendedores de receitas falsas que querem ganhar dinheiro em cima do desespero social. Para isso, usam os elos mais fracos a fim de debochar do estado democrático de direito.

O governador do estado de São Paulo, João Doria, determinou um plano de imunização e o governo está fazendo conforme o número de estoques de vacinas-, porque o Bolsonaro não comprou vacinas. (Uso SP como exemplo, pois é o meu estado).

É completamente descabido passar a mão na cabeça de uma pessoa que acha que pode desrespeitar uma sociedade inteira em prol de seu bem estar pessoal. Ir contra o Plano Nacional de Vacinação é um conceito deturpado de que você vai alcançar um sucesso contra a pandemia. Não vai! Por que não basta você ser imunizado, a imunização precisa ocorrer em massa para que dê resultados e o Brasil já conta com 441 mil mortos por Covid!

Quando você fura a fila na frente de uma pessoa que tem o direito de estar na sua frente, você é criminoso. Por essência, você é considerado um ladrão de vacinas. Sabe por quê? Porque você não respeita ninguém! A culpa não é minha se você não está vacinado, mas se você burla a fila da vacina é culpa do Bolsonaro, que não comprou vacina e te deixou desesperado.

Não adianta querer tapear o sistema e correr mais do que as pernas para conseguir se vacinar. O PNI (ainda que esteja mais para estadual, por falta de governo federal) existe com a finalidade de distribuir a vacina contra a Covid-19 à sociedade de maneira democrática.
Apenas 20% da população está vacinada com a 1ª dose; 10% com as 2 doses.

A pessoa que compra uma receita para “comprovar comorbidade” [que não existe] é fraca de moral, de bons costumes e de ética (acima de tudo).
O mais ‘engraçado’ é que geralmente os gênios com essa ideia revolucionária são justamente os eleitores do Bolsonaro. E o mais curioso ainda é que não estão arrependidos e não entendem que o país está em colapso por causa de uma doença para a qual já existe vacina, só que o Bolsonaro não comprou a vacina para o Brasil!

Não estou dizendo que todos que votaram no Bolsonaro tentam fraudar a fila da vacinação. Como diria o senador Humberto Costa, “essa tragédia tem culpados”, e é incrível que eles consigam deitar e dormir. Contudo quem sofre são os pacatos cidadãos que esperam suas respectivas vezes de tomar as duas doses da vacina contra o coronavírus. Seguimos na luta.

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